Quando conhecemos uma pessoa, queremos saber algumas informações sobre
ela para saber se pode ser, ou não, nossa amiga. Quando ficamos sabendo de
uma organização, é a mesma coisa; precisamos saber como surgiu e para quê,
para sabermos, assim, como talvez possamos continuar este projeto.A Pastoral da
Juventude nasce quando você entra para o grupo de jovens. O grupo de jovens é o
ponto de partida desta história. Ele é o ponto de partida, se não for um
grupo isolado. Pastoral da Juventude é, também, a teia que une os grupos
de jovens de uma cidade, de uma região, de uma diocese ou do Brasil e, ainda,
de toda a América Latina Podemos dizer que é uma articulação. Articulados como
os membros do nosso corpo: diferentes, mas integrados. É a Igreja Jovem
que assume o modo de ser comunidade.
Esta rede tem pontos em todas as cidades; é do tamanho da América Latina
e está funcionando, mais efetivamente, desde o começo dos anos de 1980.
Existem encontros, assembleias, seminários, fóruns, reuniões e
outras formas de o pessoal se encontrar para decidir coisas que ajudem na
evangelização da juventude. Elaboram-se, até, “planos” e “atividades” para
que todos os grupos do Brasil possam participar da mesma caminhada, o que
é muito bonito. É algo grandioso, porque é feito por jovens. Os/As jovens,
por meio de coordenações, vão decidindo o que é melhor para o caminho e
contam com a ajuda de pessoas adultas, chamadas “assessores/as”. São
pessoas, que vão ajudando, questionando e trabalhando a formação.
Acompanham os jovens e os grupos de jovens no caminho para que estes possam ser
sempre mais sujeitos na construção de sua história pessoal e comunitária.
No final dos anos 1970 alguns jovens, animados/as por bispos, padres,
leigos/as começaram a organizar os grupos de jovens em uma proposta
conjunta de pastoral. Muita gente foi organizando e tecendo essa teia da
história da Pastoral da Juventude no Brasil: jovens que, muitas vezes, passaram
pelas coordenações e outro tanto de adultos/as que prestaram o serviço da
assessoria. Uma pastoral dos/as jovens e para os jovens. Em 1992, depois
de conseguirem 500 mil assinaturas, os jovens conseguiram que a Campanha
da Fraternidade tivesse o jovem como tema. Nada foi fácil e, por
isto, esta história é carregada de sabor e sentido de pertença. Aliás, em
que ano você entrou para o grupo? Como você pode continuar esta história?
Quando foi o seu primeiro Dia Nacional da Juventude?
Este é um jeito de fazer a evangelização da juventude. Ao longo da
história da Igreja temos muitas outras experiências. Vocês já viram falar
dos “movimentos”? Temos alguns ligados às Congregações tais como: Franciscanos
(JUFRA), Jesuítas (CVX), Dorotéia, Salesianos, Dehonianos... entre tantos.
Outros são ligados a movimentos ou associações diferentes. Uns deles são a
Juventude Operária Católica – JOC, os Focolares (GEN), os
Vicentinos, a Renovação Carismática Católica (RCC), o Segue-me, o Emaús e
outros ligados, principalmente, a encontros de casais.
Estas propostas são diferentes para o trabalho com os jovens. Os
“movimentos”, normalmente, dão um acento maior para uma espiritualidade
ligada ao carisma de origem e tem uma organização nacional e internacional,
ligados a uma Congregação ou a um Movimento, conduzidos por adultos. A Pastoral
da Juventude dá um acento maior para a articulação com as outras
pastorais, ao protagonismo dos jovens, na formação integral e tem sua
organização ligada a uma diocese e às estruturas da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), com uma mística que liga a fé e a vida.
Por Carmem Lúcia Teixeira (Cajueiro)
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