Carta enviada por Padre Júlio César Santa Bárbara, por ocasião do DNJ 2013, e lida no fim da celebração eucarística.
O DNJ não cabe numa só palavra. Trago na memória muitos nomes e rostos, desafios e a coragem dos nossos jovens. Vivi por muitos anos, e ainda guardo no coração, a beleza da vocação da assessoria, do sentar-se com os jovens, do sofrer com eles que, muitas vezes, queriam e não podiam; do alegrar-se com eles que se percebiam capazes de se organizar. Não vejo outra explicação para estar com a causa dos jovens.
Não foi difícil descobrir o rosto de Cristo nas feições dos jovens querendo viver, querendo se encontrar, querendo ser grupo, querendo esse Deus apaixonante que a Bíblia testemunha e a Igreja anuncia.
Hoje DNJ e missão. É mais um encontro de vidas e de histórias; mais um tempo de nos provocar para a missão. Mas qual a missão da juventude? É a mesma missão de Jesus, a missão da qual participa a Igreja. Essa missão, na verdade, é um grande mutirão pela vida.
O que sonhamos construir é o amor feito de pequenos gestos diários e da respeitosa acolhida de cada um/ cada uma. A vivência do amor de Deus e dos irmãos (fraternidade) é outro nome para a salvação de Jesus Cristo. A nossa missão passa pela luta por mais dignidade humana. Nisto nos posicionamos contrários a todo tipo de violência e extermínio dos jovens.
Onde deve estar um jovem cristão? Em todo lugar em que a vida estiver ameaçada. Todo rincão juvenil é espaço de testemunho, com a vida e a palavra, de que Jesus é o nosso Deus, eternamente jovem. E mais: nós podemos eternizar a juventude de Deus, na nossa vida e na nossa história, ao assumirmos a sua causa, o seu Reino.
Digamos para o mundo que “Deus não está ultrapassado”! Digam, queridos jovens, para outros jovens descrentes e que desistiram de viver que Deus quer continuar jovem, dinâmico, surpreendente, amigo em suas vidas.
A missão deve dissipar tantas trevas que insistem em perseguir os nossos jovens. Quantos jovens, que querendo viver, receberam a bala da morte; querendo mais sentido, receberam as drogas; querendo um abraço acolhedor, receberam a indiferença; querendo mais autoestima, receberam como resposta a rejeição e o desamor. Cuidemos disso em nossa missão. Não nos é permitido matar a esperança da juventude, e o que é pior, em nome de Deus!
Ousemos continuar nas estradas de Jesus!
Ousemos levantar a bandeira do Evangelho de Cristo!
E continuemos a luta, porque a vida só está começando!
Salve os nossos jovens!
Salve Você que faz parte dessa linda história!!!
Autor: Pe. Júlio Santa Bárbara
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