"Convidamos os cristãos para celebrar o primeiro sínodo de Nicéia, no ano de 2025"
By Pastoral da Juventude - Arquidiocese de Feira - 09:28
"Junto com o Papa Francisco concordamos em deixar como um legado para nós
mesmos e para nossos sucessores o reencontro em Nicéia, em 2025, para
celebrarmos juntos, depois de 17 séculos, o primeiro sínodo verdadeiramente
ecumênico, onde foi autenticado o Credo".
Foi o que disse o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu, no
retorno a Jerusalém, após o encontro com o Papa no Santo Sepulcro, em
entrevista à Asia News, sobre um importante evento para a unidade entre
católicos e ortodoxos.
O Concílio de Nicéia (hoje Iznik, 130 km a sudeste de Istambul) que
reuniu mais de 300 bispos do oriente e do ocidente, em 325, é considerado o
primeiro verdadeiro concílio ecumênico. Neste foi autenticado o Credo,
semelhante ao que é recitado hoje durante a liturgia, afirmando que Jesus
compartilha "a mesma substância do Pai”, contra a ideologia ariana.
Bartolomeu encontrou Francisco por ocasião dos 50 anos do abraço entre
Paulo VI e Atenágoras. O encontro de 1964 quebrou o silêncio de séculos entre o
Oriente e o Ocidente cristão, com todas as consequências sócio-políticas que
surgiram, e pelas quais a Europa ainda sofre.
O encontro no Santo Sepulcro, nestes dias, deu um novo impulso ao
diálogo entre católicos e ortodoxos, a duas visões cristãs que, apesar das
diferenças, têm uma visão comum dos sacramentos e da tradição apostólica.
"O diálogo para a unidade entre católicos e ortodoxos - disse
Bartolomeu à Asia News –parte novamente de Jerusalém. Nesta cidade, no Outono,
haverá uma reunião da Comissão Mista católico-ortodoxo, organizado pelo
patriarca grego -ortodoxo Teófilo III. Será uma longa jornada em que todos
devem se comprometer sem hipocrisia".
"Jerusalém - continuou o Patriarca – é o local, a terra do diálogo
entre Deus e o homem, o lugar onde se encarnou o Logos de Deus. Nossos
predecessores Paulo VI e Atenágoras escolheram este lugar para quebrar um
silêncio que durou séculos entre as duas Igrejas irmãs". E conclui:
"Eu caminhei com o meu irmão Francisco nesta Terra Santa não com o temor
de Lucas e Cléofas a caminho de Emaús, mas inspirado pela esperança viva, como
nos ensina o nosso Senhor".
Fonte: Zenit
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