Papa Francisco: discernimento para descobrir a tempo germe do totalitarismo
By Pastoral da Juventude - Arquidiocese de Feira - 15:19
Após a celebração da Eucaristia no
Parque Sántakos, de Kaunas, o Santo Padre passou à habitual oração mariana do Angelus,
ao meio-dia, antes da qual pronunciou uma alocução, recordando o Livro da
Sabedoria, da liturgia de hoje, que fala do justo perseguido, cuja simples
presença incomoda os ímpios. No ímpio, o mal procura sempre aniquilar o bem”. E
Francisco recordou:
“Há
setenta e cinco anos, esta Nação assistia à definitiva destruição do Gueto de
Vilnius e o aniquilamento de milhares de judeus. Como no livro da Sabedoria, o
povo judeu passou por ultrajes e tormentos. Por isso, em memória daqueles
tempos, peçamos ao Senhor que nos conceda o dom do discernimento daquele
comportamento pernicioso, que atrofia o coração das gerações, que não o
tendo experimentado, poderiam correr atrás daqueles cantos de sereia”.
Citando o Evangelho do dia, sobre a
ânsia de querer ser o primeiro e predominar sobre os outros, o Santo Padre
recordou o conselho de Jesus: “ser o último e o servo de todos. Se nos
deixarmos guiar por este propósito, então a globalização da solidariedade se
tornará uma realidade”. E o Papa concluiu com uma exortação:
“Aqui,
na Lituânia, há uma “Colina das Cruzes”, onde milhares de pessoas, através dos
séculos, plantaram o sinal da cruz. Por isso, convido-os, a pedir a Maria que
nos ajude a plantar a cruz do nosso serviço e da nossa dedicação, indo ao
encontro de quem mais precisa da nossa atenção, como os excluídos, as minorias,
os marginalizados, os descartados”.
Antes
de abençoar e se despedir dos fiéis de Kaunas, o Santo Padre aproveitou a
oportunidade para agradecer à Presidente e Autoridades da Lituânia, bem como os
Bispos e todos os que contribuíram para o bom êxito da sua peregrinação ao
país.
Por
fim, o Papa dirigiu seu pensamento de modo especial à Comunidade judaica,
anunciando que, na parte da tarde, rezará diante do Monumento das Vítimas do
Gueto, em Vilnius, por ocasião do 75° aniversário da sua destruição. Que o
“Altíssimo – concluiu o Papa - abençoe o diálogo e o empenho comum pela justiça
e a paz”.
Ao
término da celebração da Santa Missa e da oração do Angelus, Francisco
dirigiu-se à Cúria Episcopal de Kaunas, para o almoço com os Bispos da
Lituânia.
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