Francisco: casais de segunda união fazem parte da Igreja
By Pastoral da Juventude - Arquidiocese de Feira - 11:48
Cidade
do Vaticano – O Papa retomou nesta quarta-feira (5/8), na Sala Paulo VI,
as Audiências gerais após um mês de pausa. Francisco prosseguiu com o tema da
Família cujo contexto, desta vez, foi forjado a partir de uma nova questão
sobre as “famílias feridas”.
O
Pontífice convidou a refletir como se pode cuidar das pessoas que, diante do
“irreversível fracasso” do casamento, partiram para uma segunda união. “Estas
pessoas não foram absolutamente excomungadas – não foram excomungadas – e não
devem absolutamente ser tratadas como tal: elas fazem sempre parte da Igreja”,
disse o Papa.
Olhar de mãe
“A Igreja bem sabe que tal situação
contradiz o Sacramento cristão. Todavia, o seu olhar de mestra parte sempre de
um coração de mãe; um coração que, animado pelo Espírito Santo, procura sempre
o bem e a salvação das pessoas. É por isso que a Igreja sente o dever, ‘pelo
amor da verdade’, de ‘discernir bem as situações’”, afirmou Francisco.
Olhar dos filhos
O Papa recordou ainda que, se a
questão das segundas uniões passa a ser observada a partir da percepção dos
filhos – um grande número de crianças e adolescentes que são os que mais
sofrem, destacou o Papa –, torna-se ainda mais urgente “desenvolver nas nossas
comunidades uma verdadeira acolhida das pessoas que vivem tais situações”,
exortou o Pontífice.
“Como poderíamos recomendar a estes
pais que façam tudo para educar os filhos à vida cristã, dando a eles exemplo
de uma fé convicta e vivida, se os mantivéssemos longe da vida da comunidade?”,
questionou Francisco.
“Não devemos adicionar outros pesos
além daqueles que os filhos, nestas situações, já devem carregar” prosseguiu o
Papa, afirmando ainda que “é importante que eles sintam a Igreja como mãe
atenta a todos, sempre disposta a escuta e ao encontro”.
Igreja no tempo
Francisco também disse que, nas
últimas décadas, a Igreja não ficou “insensível” e “preguiçosa” em relação à
questão das segundas uniões graças ao aprofundamento levado adiante pelos
Pastores e confirmado pelos seus predecessores.
“Cresceu muito a conscientização de
que é necessária uma fraterna e atenciosa acolhida, no amor e na verdade, aos
batizados que estabeleceram uma nova convivência após o fracasso do matrimônio
sacramental”, destacou Francisco.
Por fim, afirmando que a Igreja deve
estar com as portas sempre abertas, o Papa convidou todos os cristãos a imitar
o exemplo do Bom Pastor colaborando com Ele nos cuidados às famílias feridas.
Fonte: Rádio Vaticano
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