Papa à Cop 22: combater as mudanças climáticas e a pobreza
By Pastoral da Juventude - Arquidiocese de Feira - 17:49

O Papa Francisco enviou, nesta terça-feira (15/11), uma
mensagem aos participantes da 22ª sessão da Conferência das Partes da
Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (Cop 22), em andamento até o
próximo dia 18, em Marrakech, no Marrocos.
A nota foi enviada ao Ministro das Relações
Exteriores e da Cooperação do Reino do Marrocos, Salaheddine Mezouar,
Presidente dessa reunião sobre o clima.
Degradação
ambiental
“A
situação atual de degradação ambiental, fortemente ligada à degradação humana,
ética e social que, infelizmente, vivemos todos os dias, interpela a todos nós,
cada um com suas funções e competências, e nos reúne aqui com um renovado
sentido de consciência e responsabilidade”, frisa o Papa na mensagem.
O Reino do Marrocos acolhe a Cop 22 poucos dias depois da entrada em vigor do Acordo de Paris, adotado menos de um ano atrás. “A sua adoção é uma forte tomada de consciência. Diante de temáticas complexas como as mudanças climáticas é necessário dar uma resposta coletiva responsável a fim de realmente colaborar na construção da nossa casa comum”, sublinha ainda o pontífice.
Tecnologia
O Reino do Marrocos acolhe a Cop 22 poucos dias depois da entrada em vigor do Acordo de Paris, adotado menos de um ano atrás. “A sua adoção é uma forte tomada de consciência. Diante de temáticas complexas como as mudanças climáticas é necessário dar uma resposta coletiva responsável a fim de realmente colaborar na construção da nossa casa comum”, sublinha ainda o pontífice.
Tecnologia
Por
outro lado, “a rápida entrada em vigor do acordo reforça a convicção de que
podemos e devemos veicular a nossa inteligência para encaminhar a tecnologia,
cultivar e limitar o nosso poder, e colocá-los “a serviço de um outro tipo de
progresso, mais saudável, mais humano, mais social, mais integral”, capaz de
por a economia a serviço da pessoa humana, construir a paz e a justiça, e
salvaguardar o ambiente”.
O
Acordo de Paris traçou um percurso claro que toda a comunidade internacional é
chamada a se comprometer. “A Cop 22 é uma etapa central deste percurso que
incide sobre toda a humanidade, em particular sobre os mais pobres e nas
gerações futuras que são a componente mais vulnerável do impacto preocupante
das mudanças climáticas e nos lembra a responsabilidade ética e moral de agir
sem demora, de forma livre de pressões políticas e econômicas, superando
interesses e comportamentos particularistas.”
Solidariedade
“Uma
das contribuições do Acordo de Paris é incentivar a promoção de estratégias de
desenvolvimento nacional e internacional baseadas numa qualidade ambiental que
podemos definir como solidária”, observa o Papa. O acordo incentiva “a
solidariedade para com as populações mais vulneráveis e se baseia nas fortes
ligações existentes entre a luta contra as mudanças climáticas e a pobreza.
Embora sejam muitos os elementos técnicos chamados em causa nesse âmbito,
estamos conscientes de que não se pode limitar tudo à dimensão econômica e
tecnológica: as soluções técnicas são necessárias mas não suficientes; é
essencial e necessário considerar atentamente os aspectos éticos e sociais do
novo paradigma de desenvolvimento e progresso”.
Francisco
destaca na mensagem dois campos fundamentais: o da educação e da promoção de
estilos de vida capazes de favorecer modelos de produção e consumo
sustentáveis. Recorda a necessidade de crescimento da consciência responsável
para com a nossa casa comum. “A esta tarefa são chamados a dar sua contribuição
todos os Estados, a sociedade civil, o setor primado, o mundo cientifico, as
instituições financeiras, as autoridades de cada país, comunidades locais e
populações indígenas.”
Cultura do cuidado
Cultura do cuidado
O
Papa faz votos de que os trabalhos da Conferência de Marrakech incentivem as
pessoas a promoverem seriamente a “cultura do cuidado que permeie toda a
sociedade”, o cuidado da criação, mas também do próximo, vizinho ou distante no
espaço e no tempo.
“O
estilo de vida baseado na cultura do descarte é insustentável e não deve
ter espaço em nossos modelos de desenvolvimento e educação. Este é um desafio
educacional e cultural que deve responder também ao processo de implementação
do Acordo de Paris”, conclui Francisco.
Fonte: Rádio Vaticano
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